Entenda a importância da neurologia veterinária em cães e gatos e veja como o exame neurológico pode transformar diagnósticos.

Neurologia veterinária: um desafio na clínica de pequenos animais
Neurologia veterinária: um desafio na clínica de pequenos animais
A neurologia veterinária é uma das áreas mais complexas da medicina de cães e gatos. Muitas vezes, o tutor chega à clínica relatando sinais pouco específicos — como alterações de comportamento, convulsões ou dificuldade de locomoção. Nesse momento, cabe ao veterinário interpretar corretamente se o problema é neurológico, ortopédico ou metabólico.
Portanto, dominar os fundamentos da neurologia não é apenas um diferencial. Na verdade, é essencial para diagnósticos precisos, condutas seguras e melhores prognósticos para o paciente.
Casos práticos de neurologia veterinária
No dia a dia da clínica de pequenos animais, os sinais neurológicos podem surgir de formas variadas. Veja alguns exemplos:
1. Convulsões em cães jovens
Um tutor procura atendimento porque seu filhote teve uma crise convulsiva. Nesse caso, o clínico deve diferenciar se o quadro está relacionado a intoxicação, distúrbio metabólico ou epilepsia idiopática. Assim, a decisão rápida e embasada evita erros de conduta.
2. Ataxia em gatos
Gatos que apresentam andar cambaleante ou quedas frequentes podem sofrer com doenças cerebelares, intoxicações ou alterações vestibulares. Por isso, um exame neurológico bem feito ajuda a localizar a origem do problema.
3. Paralisia súbita em cães de raças predispostas
Dachshunds e Shih Tzus são conhecidos por desenvolverem doença do disco intervertebral. Reconhecer a urgência do quadro e indicar tratamento imediato pode ser a diferença entre um cão que volta a andar e outro que perde a locomoção de forma definitiva.
O exame neurológico como ferramenta essencial
O exame neurológico veterinário é um recurso acessível, que depende mais do conhecimento do profissional do que de equipamentos caros. Avaliar reflexos, coordenação, postura e resposta à dor é fundamental para localizar a lesão no sistema nervoso e planejar o tratamento.
Além disso, quando o veterinário explica ao tutor de forma clara o que está acontecendo, fortalece a confiança na conduta e melhora a adesão ao tratamento.
Por que investir em neurologia veterinária?
Mesmo que nem todos os clínicos se tornem especialistas, entender neurologia em cães e gatos é indispensável. Afinal, esse conhecimento permite:
- Evitar diagnósticos equivocados;
- Decidir quando encaminhar para um especialista;
- Agir com segurança em emergências neurológicas;
- Ampliar a capacidade de raciocínio clínico.
Em outras palavras, a neurologia está presente na rotina de qualquer clínico de pequenos animais e pode mudar o destino de um paciente.
Fontes de estudo e referência
Para uma boa referência de como deve ser realizado o exame neurológico em pequenos animais, veja este guia prático no site Today’s Veterinary Practice: How to Perform a Neurologic Examination in Companion Animals.
Além disso, no Brasil, a Associação Brasileira de Neurologia Veterinária (ABNV) reúne profissionais e promove eventos na área, servindo como uma fonte institucional confiável: abnv.com.br.
Conclusão
A neurologia veterinária não deve ser vista como uma área distante, restrita a especialistas. Ao contrário, ela faz parte da prática diária da clínica de cães e gatos, seja em casos de convulsão, paralisia ou distúrbios de equilíbrio.
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